A história de Emília Cossa assemelha-se a de tantas outras mulheres camponesas espalhadas no nosso belo Moçambique e além-fronteiras, que, vezes sem conta perdem seus produtos pós-colheita. O fraco escoamento e a falta de conhecimento de técnicas de conservação de produtos são as principais causas da perda de hortícolas e tubérculos após colheita.
Mas, segundo Emília, as capacitações sobre nutrição que tem sido levadas a cabo pela UNAC com apoio de Associação de Trabalhadores e Técnicos sem Fronteiras ( ATTsF) mudaram o cenário das mulheres de Bindzulane Vavassate.
Cossa é uma das beneficiárias do projecto “Reduzir a insegurança alimentar e promover a saúde nutricional das famílias camponesas no posto administrativo de Sabié, distrito de Moamba”, que apoiou os camponeses de Moamba em formações sobre nutrição e demonstrações culinárias.
Através das capacitações, ela aprendeu a preparar sumos de couve, beterraba e bolo de batata-doce, com as formações o movimento de camponeses pretendia promover a consciencialização sobre os hábitos alimentares saudáveis utilizando produtos locais.
“Antigamente quando colhíamos não sabíamos como aproveitar a couve, hoje sabemos preparar sumo de couve, sabemos preparar sumo de beterraba, bolo de batata-doce, nós as mulheres de Bindzulane Vavassate agradecemos, que a UNAC não termine por aqui”, explicou Emília.
Além das formações, o campesinato em Sabié recebeu motobomba, que de acordo com Emília Cossa mudou a forma como a associação vinha trabalhando, “agradecemos a UNAC por ter nos apoiado a forma como cultivávamos antes e agora é diferente, antigamente usávamos regador para regar e a UNAC nos ajudou, porque trouxe uma máquina”.