No âmbito das celebrações do Dia Mundial da Terra, que se assinala aos 22 de Abril, a União Nacional de Camponeses (UNAC) em parceria com o Ministério da Agricultura, Ambiente e Pescas, através da Direcção Nacional da Terra e Desenvolvimento Territorial, realizaram na última terça-feira, na cidade de Maputo, a mesa redonda , com objectivo de enaltecer a realização de acções que concorram para a preservação da natureza, uso racional e sustentável do recurso terra, promover debates de relevância sobre boas práticas na preservação e sustentabilidade da terra na comunidade.
O encontro visa igualmente perceber os desafios da mulher e jovens no acesso à terra, compreender os mecanismos que concorrem para a fraca implementação dos planos de exploração e sensibilizar as comunidades para cometimento sobre o processo da revisão da Lei 97/98.
A comemoração desta data, representa a nossa luta em defesa do meio ambiente, promovendo a reflexão sobre a importância do planeta e o desenvolvimento de uma consciência ambiental.
No quadro das celebrações, realizamos um debate sobre os desafios da Mulher Camponesa no Acesso, uso e aproveitamento da Terra, no Contexto da Ociosidade da Terra”.
A terra é principal base para subsistência e o bem-estar da população, entretanto, a consciencialização das pessoas sobre o dia mundial da terra, é crucial para a preservação ambiental e promover acções que visam a proteger conservar a terra.
Na sua intervenção, o coordenador executivo da União Nacional de Camponeses, Luís Muchanga, disse que a UNAC continuará a manter o seu compromisso em disseminar e incentivar as comunidades em boas práticas e na preservação do meio ambiente, por ser o único recurso que serve de almofada para minimizar a pobreza nas comunidades.
Durante o debate, os camponeses ressaltaram que o incumprimento dos planos de exploração pelos investidores, a ociosidade de terras, usurpação de terras em benefício de investidores nacionais e internacionais, fraca participação das mulheres na gestão e administração de terras nas comunidades, desvalorização dos camponeses no processo de trespasse de terra, falta de acesso ao crédito são alguns desafios enfrentados pelo campesinato em Moçambique.
Para minimizar a problemática da usurpação de terras para exploração de recursos mineiras, o campesinato propõe que o governo adopte medidas de compensação justas e efectivas, em relação ao trespasse de terra, há necessidade de o governo adoptar medidas que defendam em primeiro lugar os interesses dos camponeses.
Refira-se que este ano, a efeméride decorreu sobre o lema: “Juntos Podemos Investir para a Resiliência Climática e Uso Sustentável da Terra”.