No quadro do projecto “Fortalecimento e Protecção dos Direitos a Terra e Alimentação Adequada às Famílias Camponesas em Moçambique” implementado pela União Nacional de Camponeses (UNAC) e financiado pelo parceiro We Effect, teve lugar de 23 à 25 de Fevereiro de 2022, a segunda capacitação sobre o “agroprocessamento de hortícolas, tubérculos e frutas”, no distrito de Magude, destinada à um grupo de camponeses e camponesas da província de Maputo (distritos de Namaacha, Moamba, Matutuíne, Manhiça e Magude).
Facilitada à um total de 29 formandos (27 mulheres e 2 homens) a capacitação tinha como objectivo dotar aos camponeses de técnicas e métodos de processamento e conservação de produtos agrícolas com vista diversificar os nutrientes e garantir o tempo de prateleira, de modo a proporcionar melhor segurança alimentar e nutricional (SAN) no dia-a-dia dos campesinos.
Esta formação constitui por um lado, uma vantagem para os capacitados na medida em que permitirá a cada participante conservar melhor os alimentos pós-colheita, através de técnicas e métodos de baixo custo, acessíveis para as comunidades de baixa renda.
Por outro, a capacitação sobre a segurança alimentar nutricional constitui uma vantagem para os formandos pois poderão evitar disperdício do que produzem garantindo os nutrientes nos alimentos por um longo período.
Rabeca Mabui, representante da União Provincial de Camponeses de Maputo (UPCM) e Secretária do Conselho de Direcção da UNAC, que participou da formação, congratulou a iniciativa por criar condições e espaço para formação das mulheres em matérias de nutrição, pois segundo a fonte, as mulheres são as maiores produtoras mas ainda carecem de técnicas e métodos para conservar os alimentos a longo prazo, garantindo a segurança e soberania alimentar.
A representante da UPCM referiu ainda que a capacitação vai ajudar muitas mulheres a aproveitar melhor as hortícolas, tubérculos entre outros alimentos e espera que estas formações abranjam também os camponeses das outras províncias.
Com a formação espera-se que tenha: (i) Contribuído para melhorar a qualidade de vida saudável dos beneficiários por meio de adopção de algumas técnicas de processamento e conservação dos alimentos com vista a garantir a segurança alimentar e nutricional; (ii) Aumentado o conhecimento dos formandos sobre a produção, agroprocessamento e higienização dos alimentos; (iii) Promovido o uso de tecnologias manual melhoradas de baixo custo e sustentáveis ao nível das comunidades.